terça-feira, 1 de dezembro de 2009






CLARISSA 

                                                                                  ÉRICO VERÍSSIMO


         Só agora Amaro acredita que a primavera chegou: de sua janela vê Clarissa a brincar sob os pessegueiros floridos. As glicínias roxas espiam por cima - do muro que separa o pátio da pensão do pátio da casa vizinha. O menino doente está na sua cadeira de rodas; o sol lhe ilumina o rosto pálido, atirando-lhe sobre os cabelos um polvilho de ouro. Um avião cruza o céu, roncando - asas coruscantes contra o azul nítido. 

2 comentários:

  1. Este foi meu primeiro autor, tive o privilégio de iniciar minhas leituras com " As aventuras de Tibicuera" a partir dai nunca mais parei! Irineu

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  2. Caro Professor Dimario
    Obrigado pela visita e pelo comentário. "Clarissa" é de uma simplicidade e de uma ternura que encantam.
    abraço
    Francisco Júnior

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