quinta-feira, 3 de dezembro de 2009



ENCARNAÇÃO

No Princípio era a poesia
E a poesia se fez carne.
Da carne aberta
Jorrou sangue e água,
Surgiu a vida.
A vida foi negada,
Brotou a ferida,
Nervos à flor da pele,
Pele rasgada,
Ossos nus.
E fez-se das tripas, coração.
No início, nem pó.
No fim, tudo voltará
Ao princípio,
Poesia só.

Júnior Damasceno

In: Antologia Contemporânea da Poesia Paraibana. João Pessoa: Editora Idéia, 1995. p. 77.







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